sábado, 3 de julho de 2010

Entrevista e Show Review - PrimalNoise

A Primal Noise fez uma entrevista seguida de um live report do show que ocorreu em Londres na Londo ULU. *-*
Demorei um pouquinho pra traduzir isso pra vocês porque o live report foi meio difícil de traduzir, um pouco confuso, mas eu espero que todo mundo aqui possa entender. o_o
Bom, enfim, não quero ficar enrolando vocês muito com isso hoje até porque estou sem tempo. ;_;

Então, vamos lá! o/

Comentários entre {colchetes} serão meus.
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Quando a PrimalNoise ouviu que a primeira banda de Jrock totalmente feminina exist†trace estava vindo para o Reino Unido, nós soubemos que tinhamos que checar isso por nós mesmos.
Jrock é amplamente conhecido por ser um genero muito visual em si. O sub-genero ‘Visual Kei’ é fortemente ligado à está cena enigmática, então não querendo perder essa oportunidade, PrimalNoise arranjou um encontro com as senhoritas para pegar algumas palavras.
Isso é o que elas tem à dizer:


PrimalNoise: Em suas próprias palavras, podem descrever seu som?

Jyou: Eu expresso a flexibilidade (feminino) com músicas que não podem ser dadas por homens.
Omi: Eu expresso a sensibilidade, a frase e o tom feminino que surge naturalmente como uma mulher, e também expresso um som pesado que seja capaz de rivalizar com o dos homens!
miko: Eu sou uma pessoa de composição com um significado e propósito para viver como uma forma chamada “A Música”, e também sou uma guitarrista oposta à minha aparência.
Naoto: As coisas pesadas expressam seu peso {em sentido de música pesada} e as coisas bonitas expressão qualidade intensa que eu chego à passar nitidamente pelo som também. {JURO que não entendi essa resposta da Naoto!}
Mally: Eu quero mandar força e esperança.

PrimalNoise: Sendo uma banda de visual kei totalmente feminina; vocês acham que é mais difícil de obter uma reação vinda dos fãs e da midia/emprensa, ao contrário das bandas masculinas?
Houveram muitas dificuldades associadas à serem uma banda de apenas mulheres? Ou tiveram um beneficio maior?


ExistTrace: Nós não achamos que tivemos desvantagens, porque nós expressamos músicas de nós mesmas, então o sexo não importa. Nós pensamos que é uma vantagem que possamos expressar coisas que só podem ser expressadas POR uma mulher. De qualquer modo, uma desvantagem é que a troca de roupas é sério porque quando se está em uma turnê com bandas masculinas e staffs homens, nós as vezes temos que nos trocar em uma sala pequena porque eles provavelmente estão andando por aí, então é difícil com isso!

PrimalNoise: Desde que o Reino Unido não é muito acostumado à ver bandas visuais, mesmo que vocês mesmas são uma banda muito visual, vocês poderiam nos dizer se acham a música mais importante, o estilo/aparência ou uma combinação dos dois? Qual é a importância da aparência, que tipo de papel ela tem em sua posição como banda?

ExistTrace: Como “Visual Kei” é um genero no qual mesmo a aparência fala alto, ambos, música e aparência, são importantes.
Jyou: É importante manter o estilo balanceado com isso porque nos expressamos como um líder desenhando tudo para fora. {Ela quis dizer, como por tudo pra fora}

PrimalNoise: Vocês até agora lançaram apenas um álbum completo, que é um álbum de compilação, qual é a razão por trás dessa decisão? Vocês tem algum plano de lançar um álbum completo em um futuro próximo?

ExistTrace: Esse álbum completo é uma compilação de álbuns {Ou digestão de álbuns}. Foi uma coleção de músicas que nós fizemos antes, para por um fim à está atividade, e então seguir para a próxima fase. Os dois mini álbuns que foram lançados depois tem cada um sua história. No primeiro, o personagem principal exigia liberdade e lutou por isso, e no segundo houve um salto no tempo que fala de “quando você notar a restrição e valor da liberdade, você conseguirá isso”. Ousamos fazer toda a história como duas partes, na forma de mini álbuns.

Nós não temos planos de lançar um álbum completo ainda, mas nós teremos um single lançado dia 2 de Junho. O single chama-se “KNIFE”, e nós tocamos isso durante esta tour da Europa pela primeira vez, sem ser escutado no Japão ainda. Nós esperamos que todos na Europa gostem muito!

PrimalNoise: Um grande número de bandas escolhem um tema quando estão escrevendo material novo, por acaso vocês passam por algum tema? De onde vocês tiram inspiração para escrever uma música nova?


ExistTrace: Nós geralmente escolhemos um tema e vamos por isso.
Omi: Eu tiro inspiração de filmes, livros e notícias. Depois disso, eu visualizo uma história, e a visão de o que eu quero entregar para todos vocês torna-se texto.

PrimalNoise: Quem são suas influências músicas e suas bandas/artistas favoritos? O que vocês recomendam escutar?

ExistTrace: De todas juntas: nós gostamos de bandas como: Evanescence, Within Temptation, Rammstein, Bullet for my Valentine, The Beatles, etc… O artista que quermos recomendar somos nós (exist † trace)!

PrimalNoise: Se vocês pudessem fazer uma turnê com qualquer outra banda, qual seria?

ExistTrace: *pensando* ... hmm... Há muitas! Quem você nos recomendaria?
PrimalNoise: Uh, Dir en grey! Hmm… Metallica e Soulfly…?
ExistTrace: Soulfly….?
PrimalNoise: Eles são do Brasil. Banda Brasileira.
ExistTrace: Ahh..
PrimalNoise: Oh! Lacuna Coil, vocês deveriam tocar juntos!
ExistTrace: Ahh! Eles são uma banda Italiana…?!
PrimalNoise: Sim! Gostamos deles.
ExistTrace: Na verdade, gostariamos de fazer uma turnê com… WITHIN TEMPTATION!!!

PrimalNoise: Por serem todas meninas, além de um grupo fortemente visual, vocês deixam uma sensação muito poderosa; isso foi um plano de vocês? Isso foi uma parte da razão de terem entrado na música, para mandar uma mensagem forte,  como por exemplo que garotas podem fazer isso com sucesso também?

ExistTrace: Sim, atualmente está tem sido exatamente o que nós queremos passar, que as garotas podem ser ambiciosas, porque no começo, quando começamos{é exatamente o que está escrito na entrevista xD}, não haviam bandas de garotas! Nós fomos realmente as primeiras. Nós queriamos dizer para as outras pessoas que garotas também podem fazer isso. Essa foi a mensagem para eles. Nós tinhamos sentimentos como “Eu não quero ser empedida por um homem” ou “Mesmo como mulher, isso é possível” Mas agora, nós vemos nós mesmas fazendo música puramente apenas pelo amor que temos à isso. O número de pessoas que aprovam isso está aumentando, e escutamos coisas como “Uma banda apenas de garotas pode fazer isso!”, “Vocês nos deram coragem!”. São coisas como essas que tem nos mantido.

PrimalNoise: Nos contem como todas vocês se juntaram, o que as fez formar Exist Trace?


ExistTrace: Primeiro Jyou (Vo) e Naoto (Ba) tinham os mesmos hobbies e sonhos como amigas, e elas começaram a banda. Naoto introduziu Mally que era uma de suas amigas, e queria tocar bateria. Para formar uma banda adequada, nós procuramos por uma guitarrista. Então miko falou conosco, e todas nós concordamos que ela era perfeita então ela se juntou. Logo depois, miko decidiu que ela queria ter uma segunda guitarrista; então começamos a procurar outro membro. Levou um ano até encontrarmos Omi. Nós tivemos algumas outras garotas fazendo audições para tocar guitarra, mas miko não gostou delas. *risos* Quando encontramos Omi, nós todas tocamos juntas, e Omi era um tipo diferente de guitarrista para miko e elas tocaram muito bem juntas. Nós todas a queriamos imediatamente. Isso foi quando formamos exist † trace.

PrimalNoise: Por ultimo, como tem sido sua turnê na Europa, como tem sido a reação dos fãs, e o que vocês estão/estavam esperando da audiência do Reino Unido?

ExistTrace: Nós estamos realmente ansiosas com o Reino Unido. Desde que estavamos no Japão antes da turnê, porque esta seria a primeira vez aqui. Nós recebemos mensagens por e-mail de muitas pessoas na Europa dizendo que estavam ansiosos com esta turnê. Comparado com o Japão, todo o país (na Europa), os fãs são tão diferentes. Todos são tão energéticos e nós realmente tentamos mandar essa energia de volta para os fãs. O povo inglês, os fãs inglêses parecem escutar diferentes tipos de música, por isso será como... um triunfo de um modo diferente, nós estamos tentando mandar a energia de volta, e para tentar e conseguir com que os fãs passem um bom tempo conosco. Nós esperamos muitas vozes, muita energia e muito amor!!

PrimalNoise: Muito obrigado por seu tempo!

ExistTrace: Obrigada! Obrigada!

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Depois de nossa amável conversa com ExistTrace, nós fomos ver a tão esperada performance do Reino Unido, para ver as garotas do metal em ação! {Ok, eu ri disso. xD}
O London ULU é um espaço pequeno. O espaço Universidade da União dos Estudantes de Londres onde vários astros já tocaram. Com multidões de fãs pressionados fortemente contra a frente do palco, corpos espalhados entre os amplificadores da frente, Exist Trace entrou com toda sua glória esmagadora. Cinco moças japonesas vieram vestidas em couro de látex.Cada fantasia equipada, eu aposto. Começando com a popular ‘VANGUARD’, uma poderosa e contagiante música que realmente trouxe para à tona o que a banda realmente é. Seguidamente, o novo single ‘KNIFE’, ainda não escutado no Japão é tocado aqui. A vocalista Jyou cantou com uma habilidade surpreendentemente melódica e bonita, não como várias bandas típicas de Visual Kei com o efeito de grito; Uma incrível e prazerosa surpresa.
Exist Trace tem uma sensação gótica com os sintetizadores de apoio e um som do baixo pesado, melodias de guitarra harmônica de um lado, e riffs pesados de outro.

Mesmo pensando que o espaço não estivesse totalmente preenchido por sua capacidade, a platéia que estava lá compensou com energia e poder. Certamente nas primeiras 9-10 linhas de pessoas eram aquelas  totalmente dedicadas à banda e estavam felizes em cantar com elas. A atmosfera ainda é muito alta lá, e a banda estava dando tudo o que tinha com poder, entusiasmo e com o coração aquecido. Uma banda com espirito otimista, apesar do visual escuro que algumas possuiam, provando mais uma vez que você realmente não deve julgar o livro pela capa. Olhando para o público do Reino Unido, Jyou disse: “Eu acho que Londres é uma linda cidade. Vamos fazer músicas lindas juntos”. Com um sentimento encorajador de seus fiéis fãs, a banda se esforçou muito em sua performance, colocando para fora tudo o que elas tinham. Com leveza, músicas mais cordiais como “Lost in Helix” deu à banda um brilho com uma luz diferente.

Logo, a música favorita do público ‘JUDEA’ começou, nós realmente vemos o quão cativante esta banda é. Estranhos gritos e guturais introduziram o som que pode fazer com que mesmo o ouvinte mais desprevinido levante uma sobrancelha, mas com um refrão cativante e repetitivo que o mantém ligado. No entanto, a forte ligação entre a banda e os leais fãs foi provada quando Jyou fez a capella {quando todos cantam sem os instrumentos}, repetindo o refrão continuamente e todos os membros da audiência cantando com ela. A experiência foi algo muito espetacular e comovente, com um toque de íntimo, sem instrumentos e apenas o som de milhares de vozes femininas que predominavam em uníssono. Línguagem não possuí barreiras quando o amor da música é o que importa, e está noite provou isso. Seguindo a cativante ‘JUDEA’ vem com um espírito otimista e elevado “Owari no Nai Sekai” para mander a audiência pulando.

Depois de um pequeno encore, ExistTrace voltou para o palco para dar à multidão o gostinho de mais. Voltando como se elas nunca tivesse saído com uma faixa obscura e agourenta que não desapontou aqueles que precisavam apenas fazer um headbang com algo pesado.
Revelando “Última Música!” algumas vezes, a banda tocou a última faixa.
“RESONANCE”  com muitos “umpf” e “pizaazz” {Onomatopéias estranhas, eu ri. xD} como quando elas começaram. Nesta banda, não falta sutileza, e com a participação no show, mostraram que não devem ser subestimadas. ExistTrace fez uma performance com vigor por todos as 17 sequências de músicas, e realmente provaram que garotas podem fazer isso também! Uma performance fantástica de uma banda que pode esperar por mais e mais sucesso!

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SET LIST:

1. VANGUARD
2. KNIFE
3. ROUGE
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4. Hana no sakanai machi
5. Mirror
6. unforgive you
--- overture ---
7. Ambivalence
8. Requiem
9. Lost in Helix
10. THE COLORS
11. Orleans no Shoujo
12. Venom
13. liquid
14. JUDEA
15. “Owari no nai sekai”

~Encore~

16. Water
17. RESONANCE

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Inglês: PrimalNoise

3 comentários:

  1. Que emoção! Definitivamene a Mally é uma fofa. Uma fofa!! E a Omi me surpreendeu, adorei o lance dela se colocar, sobre o lance da sensibilidade. É uma forma nova de vê-la que eu ainda não tinha.

    E algo que me fez pensar foi o lance do bakstage... esse de os rapazes ficarem transitando e elas terem que usar uma sala pequena. Isso é engraçado e ao mesmo tempo mostra que elas tem uamcerta dificuldade sim. A cena visual é muito voltada para os homens, nãod eve ser nada facil ser uma garota e se enfiar nesse meio.
    Aina mais no Japão, que a gente ama, respeita, admira e venera, mas sabe que o povo lá tem uma forte resistencia, e vê a mulher de um modo geral inferior ao homem. Sei que jah melhorou muito, mas é dificil mudar séculos (ou milenios) de tradição.

    Valeu pela entrevista!!

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  2. concordo em tudo que a kari-chan disse, e acrescento..o cenário do rock, não deixa o papel da mulher muito a vontade, experiência própria...são tantos dogmas pra serem quebrados e espaços a serem conquistados, que mesmo que pareça clichê pra alguns, eu ainda creio que o fato de uma banda totalmente feminina se estabelecer sem oscilações é louvável.

    ps: as meninas filosofando sobre composição (1°pergunta) e a mally "mandar força e esperança!8D" UHAUAH muito fofa *-*

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  3. Essa entrevista é foda... E a influência do Within Temptation no som delas é bastante notável.

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